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AUGUSTO GIL, a entrevista

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Autoral entrevista Augusto Gil

Nota: Esta entrevista foi feita por escrito e o texto deste autor é publicado tal como fora recebido; sem correções.

      AA - O que levou um homem, eminentemente musical, à escrita?


AG - ...A musica como alguém descreveu á uns largos anos.. já.dizia que era um livro sem fim...e sem índice. Com ela tudo se dizia sem palavras...bastava fechar os olhos e as folhas apareciam escritas com melodias que nunca o tempo poderia apagar....

altQuando um dia reparei que afinal essa musica ficava eterna, vi que que o passado escrito era vulnerável ao tempo e que era necessário ficar escrito porque não tinha som aquilo que o tempo nos ofereceu...e talvez as velharias musicais que tanto gostamos  de ouvir...por simpatia ou por inspiração associei ao passado musical que tanto devo, o passado de vivência e porque não retratá-lo e escrevê-lo para juntar o que foi bom para muitos de nós o antigo....>E assim tentar dar aos mais novos umas lembranças mas escritas numa maneira cómoda e animada...

      AA – Sentimos que escreve para alguém que se identifica com um certo léxico popular que é transversal à sua escrita. A observar pelo título da sua nova publicação tudo indica que o registo se mantenha, é forçoso que seja sempre assim?

AG - ler actualmente e pelo que se vai vendo, começou a ser escasso , as pessoas tem actualmente meios de passar o tempo ou cultivar se mais modernos. Ler para muitos já é um esforço muito grande, e actualmente a leitura está como a musica, saturada , os temas estão sempre em desuso e copia-se de uns autores para outros, roubam-se ideias, o dia a dia que se faz numa biografia, por vezes é igual ao parceiro do lado, assim e porque não contar um resumo de vida e passado onde sabemos que estão milhares de situações que as pessoas viveram e associam a elas próprias que essas  mesmas situações  historias que em tempos também lhes aconteceu e recordam e dá um gozo recordar o passado...


     AA-  Em tom de doce provocação, diríamos que; já há livros a mais. Concorda, esperando que  o futuro se encarregue de fazer uma seleção e dessa forma, justiça à Literatura?

AG - Como disse lá atrás  de facto os livros hoje fazem parte de ex libris de algumas pessoas como de um feito heróico e muitas vezes para dar nas vistas por vaidade ou mesmo porque gostariam  mostrar algo que muita gente julga que não sabem...logo o livro hoje é um meio de divulgação e ao mesmo tempo para muitos ter um bom lote de livros em casa como eu conheço, que nunca os leram mas decoram uma estante com um requinte de mostrar que afinal é uma pessoa muito culta...e tendo muitos autores conhecidos os fazem Doutores de alguma coisa....e porque critico esse tipo de pessoas iletradas, julgo que este tipo de livro se enquadra muitas vezes a partir de uma certa idade ir ao passado não triste mas com um sorriso nos lábios.....

Ao ler o que escreve,

alguém poderia ter dito; “Vejam lá, do q'ele se havera d´alimbrar...”.  

Obrigado ao Augusto Gil.

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